sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Comendo na França

Hoje eu vou fazer uma participação especial aqui só pra falar sobre a comida na França.

Sabe, ultimamente, desde que voltamos, eu ando meio sem vontade de comer. De verdade. Eu abro o armário e a geladeira e vejo: pão de sanduíche, queijo fatiado, margarina, coca-cola, pacote de bolachas. Aí eu me lembro de Paris e penso em baguette, croissant, vinho nacional (francês), créme-brulée, café au leit... sério, a quantidade de padarias, confeitarias, açougues, armazéns, fruteiras, casas de queijo, lojas de vinho, restaurantes, é uma coisa absurda em Paris. Só na rua do nosso hotel, pela janela, dava pra ver três padarias/  confeitarias (patisserie, boulangerie) uma em frente a outra. E isso que dobrando a esquina tinha mais. E outra coisa: tudo é delicioso.

Uma noite resolvemos comprar uma pizza tipo pega-comida-no-balcão porque todo o resto tava fechado e era a pizza mais deliciosa que eu já comi na vida. Simplesmente não tem como errar. Agora tenho que me contentar com pacote de pão do supermercado. Vou acabar perdendo uns três quilos só por falta de apetite. Paris estragou a comida pra mim. Quer dizer... estragou a comida fora de Paris pra mim.

O melhor episódio foi quando o Lucas (o único que sabia francês) não estava por perto e eu fiquei de comprar a comida (baguete, queijo, vinho, manteiga). Cada coisa numa loja diferente. Até ai tudo bem. Mas o Moacir e a Mara me pediram pra comprar um queijo que tinha uma casquinha braquinha em volta e era macio por dentro. Cheguei na queijaria e o que eu vejo? 876759 tipos de queijo, todos com uma casquinha branca em volta e macios por dentro. Escolhi um qualquer, olhei bem o nome e mandei ver no meu francês: "Un Troix-de-Biluxtublu, S'il vous plait?" A mulher não entendeu e chamou a colega. Eu disse (em francês) que não falava francês e ela perguntou se eu falava espanhol. Eu disse que não e perguntei se ela falava em inglês. Ela disse claro! E eu pensei "beleza, agora eu tô salvo!". Aí olhei pro nome do queijo e pedi de novo: "one oix-de-Biluxtublu, please". A porcaria do nome do queijo não tem tradução, né? Mas de qualquer jeito, ela entendeu e nós comemos muito bem naquela noite. Também teve o dia em que eu consegui pedir uma porção de arroz e uma de frango pra levar, tudo usando uma mistura de inglês, português, francês e gestos. Paris é uma festa.

Torre Eiffel, Louvre, Palácio do Blilbliblu? Que nada. Me dá um croissant recheado de chocolate ou um crepe e eu não quero mais nada de Paris. Só a comida. Prevejo que a única cura pra isso seja visitar a Itália.

Bernardo

Um comentário:

  1. putz! Água na boca!
    nada como uma comunicação pelo estômago pra se fazer compreensível..rs
    quanto à Itália meu amigo, já ouvi várias que a melhor comida italiana que existe é a feita no brasil...
    sinta saudades da frança eternamente.. kkkkk

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