segunda-feira, 26 de março de 2012

Tudo bem...


Primavera chegou pontualmente.
E com ela as poucas atualizações do blog.
Faz mais de uma semana que temos sol TODOS OS DIAS, com temperaturas perto dos 15 graus. Consequencia de tudo isso: rua.
Todos os dias estamos tomando nosso chá na escada de casa, e minhas pernas estão agredecendo a vontade louca que o Lo tem sentindo de jogar de futebol.
Hoje ele chegou da escola e fomos direto pra rua bater bola.
Alice como boa inglesa, já estreou em um picnic, e adorou. Ficou lá deitadona no sol curtindo e fazendo gracinhas.
Tenho caminhado com ela todos os dias pela manhã depois que levo o Lo na escola. E nos dias que não saio, ela chooooorrrrraaa. Rotina é tudo mesmo.
Falando nisso, estamos começando a encontrar nossa caminho.
Os banhos estão bem organizados ( e ela continua adorando), e a hora de ir pra cama tranquila. Consigo ter um tempo gostoso com ela (banho, massagem) e depois com ele (lanche, história e cama). Ber também. Cada um consegue curtir as crianças em uma hora diferente.
Ela também está dormindo cedo!! capota de vez lá pelas 20:30 e acorda pra mamar mais 2 ou 3 vezes a noite até acordar de vez quando escuta a voz do irmão pela manhã. Durante o dia passa um tempão acordada, mais do que eu acho que deveria, e começa a fazer os aaaaahhhhh, uhuuuuuu, mais lindos do mundo.
Então desculpem a ausência mas depois de um inverno longo (e grávido) nós merecemos essa folga.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Instintos



 " Impulso natural: instinto de conservação.
Primeiro movimento que dirige o homem e os animais em seu procedimento.
Tendência; aptidão inata.
loc. adv.
Por instinto, por uma espécie de intuição; sem reflexão: ele agiu por instinto".

Eu não sou dada a tragédias e notícias chocantes. Nem um pouco.
Principalmente depois que o Lorenzo nasceu, notícias ruins eu passo longe. Não leio, não quero saber e fico na alienação total mesmo. Terremoto, tsunami, crianças abandonadas.. nada disso.
E qual não é minha surpresa  quando nos últimos dias me pego pensando: e se eu morrer heim? não só um pensamento, mas todo um desenrolar de fatos e consequencias. Como o Bernardo iria se virar? será que largaria o Phd? será que ia casar logo? me peguei pensando se não seria melhor dar pelo menos uma mamadeira pra Alice para caso eu morresse ela não estranhasse tanto!!
Cheguei ao ponto de ficar com lágrimas nos olhos pensando o que seria pior: eu não ve-los nunca mais, ou eles crescerem sem mãe....
Dias depois, foi a vez do Bernardo. Como eu faria sozinha aqui? e fiz a lista: avisar a Universidade do falecimento, ligar pra Capes, pro banco... essas coisas práticas.
Antes que vocês pensem em me internar me mandar para o psiquiatra, deixem-me  tranquiliza-los, já passeio por isso antes.
Quando o Lorenzo nasceu eu simplesmente não conseguia dirigir. Ele chegou e  o carro automaticamente se tornou um objeto assassino. Eu tinha medo de bater, de nao lembrar como dirigia, de não conseguir estacionar, de freiar e ele cair da cedeirinha... 
Quando voltei a dirigir, ia com ele no carro montando na minha cabeça o cenário de como eu reagiria a um assalto caso ele estivesse ali na cadeirinha. O que diria para o assaltante, como tiraria o meu cinto, como pularia para o banco de traz caso ele não me deixasse tirar o bebê... essas loucuras.
Só posso associar esse absurdo aos hormônios pós parto, e ao velho instinto que manda em todos nós. É uma maneira de se preservar, de proteger aquilo que é mais importante para nós. É a maneira de sobreviver.
E é muito louco! quando percebo estou pensando essas coisas com o maior senso prático, resolvendo problemas imaginários como ninguém. 


Resta esperar passar e pegar umas dicas de toda essa precaução que também mal não faz né?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Oxford

           No final de semana resolvemos ter um pouco de aventura, colocar a criançada na bagagem e conhecer Oxford. Alugamos um carro pra facilitar a vida (porque 2 crianças, carrinhos e tralhas todas de trem ou ônibus acho que não seria tão divertido). 
        A cidade fica a 180 milhas, uns 270 km,então munidos de cadeirinhas de carro, carrinho, brinquedos e roupas encaramos na ida 4 horas de viagem, com direito a parada para amamentar e uns dois "desvios" por culpa do GPS. Até que foi mais tranquilo do que eu esperava. Alice deu uma chorada, Lorenzo deu uma resmungada, mas depois os dois dormiram e pudemos curtir a paisagem e conversar um pouco.
             Ficamos em um "Bed and breakfast" MARAVILHOSO. Na sexta a dona ligou querendo saber o que comíamos no café da manhã. O B&B nada mais é fo que uma casa onde os proprietários possuem quartos sobrando e resolvem alugar. O nosso era 4 estrelas. Quarto lindo, decorado, com chaleira elétrica (com água já quente quando chegamos), café, bolachinhas, água, leite e chá (óbvio) free, 2 roupões de banho deliciosos, banheiro privativo com banheira gigante com hidromassagem, produtos para o banho e um café da manhã perfeito. Conversamos bastante com a dona da casa, e Lorenzo matou de cansaço o cachorro da família. Na hora de ir embora ele já estava no pátio lá atrás brincando com a filha da mulher e dizendo que "queria ter o almoço e a janta ali também"  (com essa tradução literal mesmo).
              No sábado caminhamos pela cidade para ter uma ideia do que fazer e domingos fizemos os passeios.
                Primeiro levamos o Lo numa pracinha para dar um tempo da vida histórica da cidade, depois fomos ao Pub The eagle and child tomar uma pint. Esse era o pub onde Tolkien (escritor do Senhor dos anéis|) e C.S. Lewis (as crônicas de nárnia) se encontravam pra beber, fumar cachimbo e criar obras literárias imortais :)
               Se para mim foi uma loucura estar sentada ali pensando que muitos anos antes eles estavam, imaginem para o escritor da família!!!! Ele ficou quieto, tomando sua pint e curtindo (enquanto o Lorenzo pedia pra ver a foto do "velhinho que tinha escrito o livro e morrido").
               Depois resolvemos conhecer a Christ Church College, umas das "casas" da universidade de Oxford, foi uma diversão.
                Pra começar, fila pra entrar. Nisso, Lorenzo chato cansado deitou no carrinho da Alice, enquanto o Ber pegava ela e dormiu. Seria ótimo se o lugar não tivesse um milhão de  anos e mais de um milhão de escadas. Bom, já que estávamos ali, encaramos. Cada um com um filho dormindo no colo (por isso que eu digo, e quem tem 3 heim? heim???) estacionamos o carrinho na entrada e adentramos um outro mundo....
                   Vale dizer, que ali foi filmado várias cenas do Harry Potter (inclusive a sala de jantar).
                 Cada passo a gente se impressionava mais. É tudo lindo, antigo, e respira história em cada canto.
                   A sala de jantar onde antes comia Lewis Carrol (Alice no país das maravilhas) ainda está igual e hoje estudantes "normais" ainda jantam ali.
                   É uma cena muito louca ver por fora toda aquela arquitetura e la em cima, em uma sacada, um carinha fumando seu cigarro, em outra janela uns chinelos pra fora, em outra uma xícara de chá esquecida. As pessoas estudam e moram ali! "parece errado" segundo o Bernardo.
                   A cena era ótima. Nós deslumbrados com tudo, equilibrando criança, mochila e tentando tirar uma fotos sem enforcar a criança adormecida no colo. Lá pelas tantas um casal de japoneses pensando que éramos loucos precisássemos de ajuda, perguntaram se queríamos uma foto dos 4. Mais tarde Lorenzo acordou e curtiu muito (e também ficou revoltado porque algumas partes eram só para os estudantes se o pai dele também era estudante?) e correu, tirou umas fotos ele mesmo e jogou moeda um uma fonte.
                    Com essa viagem fiquei pensando (de novo) como é uma pena que as pessoas evitem fazer esse tipo de passeio com crianças... dá trabalho claro, e acabamos vendo poucas coisas, porque no meio de tudo tem fralda, mama, lanchinhos supresa, briga, choro, soneca, banheiro, e mais um milhão de coisas, mas vale muito a pena. Falei pro Lo ontem no pub, enquanto ele comia batatas fritas, que daqui uns anos, quando ele fosse ler o Senhor dos anéis, ia adorar saber que esteve ali, sentado onde o escritor também esteve, e é isso mesmo. Quem diria que ele iria curtir o passeio pela college, mas é só saber apresentar para eles a curtição toda. 
                   Falamos, eu e o Ber ontem, enquanto tomávamos nossa cerveja correndo dentro do pub, que daqui uns anos, quando pudermos viajar sozinho, vai ser outro tipo de Europa. Mais calma, com passeios 100% adultos, mas tenho certeza absoluta que em alguns momentos vamos pensar: mas o Lorenzo iria gostar tanto disso... a Alice ia adorar isso aqui... então enquanto esse anos não chegam, curtimos nossa bagunça e agitamos o velho mundo com ela. 



pausa para mamar
 

 não basta ser pai, tem quer pai polvo, dar cacunda e empurrar carrinho

 cidade linda

 quem quiser comprar uma é só seguir a placa "Alice's shop", eles só não vendem tão pretinha quanto a minha :)

escola bem novinha. 
sente a fachada da escola ainda em funcionamento :0
 College

ufa!

 sim, eles ainda comem aqui
 e tudo já estava arrumado para a janta
 manos
 órgão da catedral
fazendo um pedido 


 pretinha passeando acordada

café da manhã

 ai que sono!!
 curtindo o sol e os 18 graus
 ainda não foi dessa vez uma boa foto dos 4....

 

um brinde aos bons escritores

 "o que é isso? isso é uma pint meu amigo. e elas vem em pint? quero uma" (senhor dos anéis) em honra a Tolkien e CS Lewis que bebiam e  fumavam seus cachimbos neste mesmo pub"


quinta-feira, 8 de março de 2012

Da (des)educação inglesa

Hoje saímos para nosso café a dois três. Largamos o Lo na escola e fomos rumo a parada de ônibus. Depois de uns 20 minutos esperando já falamos: vai estar lotado, não vai ter onde colocar o carrinho. (nota para quem está chegando agora: por aqui os ônibus tem lugar para carrinho e não tem roleta, facilitando a vida dos pais). Não deu outra. No lugar destinado já tinham dois carrinhos. O cobrador disse para apertarmos no primeiro banco que daria.
E assim foi: eu espremida no primeiro banco com as pernas no corredor pra dar espaço para o carrinho gigante da pequena. Assim que sentei, ela começou a chorar, então peguei ela no colo.
Lá pelas tantas, ônibus lotado, entra um senhor de bengala. Para bem na minha frente e percebo que ele tinha Parkinson! Olho para todo mundo e as pessoas, parecem não perceber e NINGUÉM se da ao trabalho de levantar.
Começa me dar um calor, então calculo como poderia ajudar. Tarefa impossivel, já que precisava colocar Alice gritando no carrinho, levantar, passar por ele, tirar o carrinho no ônibus apinhado de gente e torcer para que ele não caísse. Quando olho pra traz vejo a cena: uma mulher segurando um carrinho na vaga destinada a eles, com o mesmo VAZIO, e sentada, num banco destinado a idosos a filha de uns 4 anos. Não acreditei quando vi. A mulher estava olhando o senhor de bengala, tremendo, imagino que pensando: o que será que ele tem?
Já não bastasse a situação, entra uma mulher com 2 muletas, mal conseguindo se equilibrar e para ao lado do senhor. Olho pra traz na tentativa de que a bonita ficasse com vergonha e tirasse a menina do banco. Nisso, a menina termina de comer e lavanta para entregar a mãe um pacote, ao que a maravilhosa mulher responde: vai, senta, senta logo!!
Juro por Deus, precisei de todos os músculos existentes no meu ser pra não começar a gritar na mesma hora.  Achei que minha cabeça ia explodir, fiquei num vermelhão que deixaria meu pai orgulhoso. (nota: na família temos a expressão PETIPOÁ, termo que meu pai, eu e minha irmã conhecemos bem, que significa aquele vermelhão cheio de bolinhas e manchas que toma conta da cara e do peito naqueles momentos estressantes).
Na mesma hora pensei: ou saio daqui ou começo a gritar com essas pessoas.
Coloco ALice no carrinho, peço licença, sinalizo pro Ber que estava lá no fundo,  vou abrindo caminho no meio da multidão e deixo meu lugar para a mulher das 2 muletas.
Descemos na metade do nosso caminho. Na hora, nem vi onde estávamos, mas eu simplesmente não conseguia ficar ali dentro.
No Brasil, sei que também é difícil de encontrar alguém que ceda o lugar. Difícil, não impossível. Aqui, fora eu e o Bernardo, acho que nunca vi.
Essa educação excessiva dos ingleses, de não se meter na vida de ninguém, é uma beleza, mas também tem dois lados. Eles podem não atropelar ninguém, mas se tem alguém atropelado, eles passam pelo lado e ignoram. (outra nota: alguns anos atrás Norwich teve um acidente de trânsito onde morreram 2 pessoas. A cidade ficou em choque por meses!!!)
Nós brasileiros, intrometidos por natureza, palpitamos na vida dos outros, gostamos de fofoca, e fazemos do Big Brother um dos programas mais vistos da televisão, mas PERCEBEMOS as pessoas. Mesmo que no ônibus não cedam lugar, viram a cara para fingir que não estão vendo, mas estão vendo. Aqui não. Eles olham, mas não enxergam MESMO.
Desci do ônibus tão furiosa, que as pessoas na rua deviam pensar: não entendo nada do que essa louca está falando, mas que o marido está prestes a apanhar, isso está.
O pior, é que assim que descemos e apontei pro Ber a tal mulher ele disse: a nossa vizinha???? kkkkk daí percebi que era uma vizinha nossa que se mudou a pouco tempo aqui pro lado.
Mas como o mundo gira e gira e gira... na volta do passeio, entrei no ônibus com uma outra mulher e seu carrinho. Paramos lado a lado na vaga. Eu, pra ficar de olho na pequena, fiquei entre os carrinhos de costas para ela. Lá pelas tantas, a menina no carrinho, com pouco mais de 1 ano, começa a mexer no meu vestido. Olho pra ver, e a mulher pede desculpas. Digo que tudo bem e sorrio. Um minuto depois, ela levanta um pouco o vestido, e a mulher pede mil desculpas. Não dando por satisfeita, a menina levanta meu vestido e coloca a cabeça embaixo. hahahahha. Viro assustada, e a mulher não sabe se se joga pela janela, se joga a filha, ou se finge desmaio para não passar vergonha. Me olha com uma cara de suplício e pede um trilhão de desculpas. Digo que não tem problema, que eu estava de calça e bla bla bla, mas como boa inglesa ela simplesmente não sabe como lidar com aquela situação tão invasiva.
Pra não matar a mulher do coração, saí do meu lugar e mantive minha retaguarda longe da menina, que devia estar achando muito interessante um "derrière" brasileiro nessa terra de gente quadrada. Em todos os sentidos.

terça-feira, 6 de março de 2012

1 mês




Então a pretinha já tem 1 mês.
Oficialmente não é mais uma recém nascida, e as roupas e fraldas não deixam mentir. O tamanho RN não serve mais. Até serve, mas ela não pode esticar as pernas :) deixando para a prima Mariana (que nasce em maio) lindas roupas que foram usadas pouquíssimas vezes (algumas nem foram usadas).
As fraldas também. Como ela é, digamos assim, fofinha, já usa o tamanho 2, que seria o P do Brasil, imagino eu.
Ela está cada dia mais esperta, prestando atenção em tudo.
Ontem descobriu que o papai não é a mamãe. Olhava pra ele com a maior cara de desconfiada, e quando ele falava ela caia no choro.... engraçado, mas um tanto quanto cansativo para a mamãe.... a cena no final do dia era: ela pendurada no meu colo, o Lo na minha perna lendo história, e eu tentando em vão agradar os dois... hahahaha
Ontem tenho certeza que ela sorriu para o Lorenzo e eu. Os dois estavam no meu colo (sim é possivel) e ela nos olhando com os olhos bem arregalados, sorriu e fez : ahhh, ahhh, ele morreu de emoção, coisa mais linda do mundo!!!
Falando no irmão mais velho, está cada dia mais encantado com ela. Olha pra ela com cara de apaixonado,e vive dizendo que ama os olhos dela! Quando ela está dormindo no berço, e vamos para o andar de baixo, fica super preocupado e toda hora sobe correndo pra ver se ela não está chorando.
Hoje fui leva-lo na escola e na nossa frente ia duas meninas bem pequenas caminhando. Ele olhou, sorriu e disse: a Alice um dia vai aprender a caminhar né mamãe? e engatinhar... daí eu vou bem do ladinho pra ir cuidando ela...
Acho lindo como ele pensa na irmã, se preocupa e curte. Principalmente curte muito. Ontem até estava falando que quando a gente tiver outro bebê, vai ser um menino.... (já desencorajei e falei que provavelmente esse será nosso último bebê) hahahaha.
Ela está dormindo melhor. Tem dias e dias, claro.
Noite passada acordou só 2 vezes. Mamou e seguiu dormindo. Já nessa, acordou umas 3 vezes e cada uma delas demorou 1 hora pra voltar a dormir... calculem a minha cara nesse momento....
Dizem as "boas" línguas que com 6 semanas ela já começa a dormir bem melhor. Não estou muito otimista, pois o Lo demorou nada menos que 2 anos pra não mamar mais a noite :) então....
Mas tudo faz parte.
O que importa é que já passamos por isso e sobrevivemos (quase) sem sequelas e durante o dia esquecemos a privação de sono e a exaustão e só curtimos esses dois bonitões.

familia nos meus 30 anos

quinta-feira, 1 de março de 2012

Mais um motivo para amar a escola do Lorenzo

o tigrão e a ursinha Pooh, versão Buenos.

Acabo de chegar da escola. Fui levar o Lorenzo e voltei encantada com mais um"evento".
Hoje foi o dia onde cada criança devia escolher seu personagem favorito de livros, e ir fantasiado. Valia qualquer coisa, fantasia pronta, customizada, só pintar o rosto, deixar a criatividade rolar.
Depois de dias e dias de discussão, ele escolheu ir de Tigrão. Perfeito porque ele tem um pijama inteiro de tigre, e mais perfeito ainda, porque ele é o próprio tigrão!!! com ideias criativas e loucas, e se já pula sem parar, imagina se tivesse o "rabo mola" do próprio.
Já falei várias vezes aqui, como a escola incentiva a leitura. Incentiva é até pouco, já que diariamente ele troca livro e precisamos manter sempre o caderno de leituras atualizada. Vai data, titulo do livro e as impressões dele sobre o mesmo. Uma vez por semana pelo menos a professora analisa cada caderno e parabeniza os leitores e os pais por manterem a leitura em dia.
Enfim, ele foi faceiro da vida no seu traje tigrão. Quando entramos na porta da escola somos recepcionados pela diretora (lembrem-se, escola grande, várias séries diferentes, não pré-escola) toda fantasiada andando em um patinete! ela estava muito empolgada cumprimentando todos os personagens, então não perguntei quem ela era, já que perdi a referência daquele livro:(
Mas adiante, outra funcionária da escola toda vestida de professora do Harry Potter, e pelos corredores, todos os funcionários seguiam a mesma linha: chapeleiro maluco, Gruffalo, Alices (do país das maravilhas), Dorotis... e assim por diante.
Se eu pudesse ficava na entrada da escola só assistindo as crianças entrarem, porque tudo muito lindo e criativo.
Lorenzo sempre nesses eventos chega tímido, olhando tudo meio de canto de olho. Acho que fica com medo de se expor. Assim que encontrou o melhor amigo (de pirata) correram pra dentro de uma barraca que tem na sala (!!) e a fantasia começou: só ouvi ele dizendo: eu sou o tigre que vai inventar a brincadeira e tu é o pirata que quer me matar !!! ahahahaha
Fui embora feliz da vida, deixando o tigrão mais lindo se divertindo nesse enorme mundo de faz de conta.


Em tempo, Alice ganhou de uma colega do Bernardo, um livro. Não qualquer livro, claro, ganhou um "Alice nos pais das maravilhas" (Alice in wonderland, em inglês). Não qualquer versão, a primeira! como uma dedicatória linda, em tradução livre, assim: "querida Alice, tenho certeza que você irá ganhar muitas e muitas cópias de "Alice in wonderland" mas essa é a sua primeira e também a primeira versão, e ainda por cima a versão escrita a mão. Espero que você tenha suas próprias aventuras, mas um pouco menos estranhas"

O objetivo da minha vida agora é conseguir dar pra Alice (a Bueno) um presente tão lindo e sensível quanto esse livro da Alice (do país das maravilhas...)