segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Como nasce um irmão

eu e os manos.

Quase um ano atrás contei aqui como lembrava perfeitamente da hora que a minha irmã nasceu. Que não lembro da função toda, da ida pro hospital, de sair correndo, mas lembro como se fosse ontem da luz vermelha ascendendo e da enfermeira trazendo o pacote sujinho ainda, e mostrando ela para eu e meu pai. Eu tinha 5 anos. E ali nasceu uma irmã.
Cresci ouvindo meu pai contar que lembra com exatidão quando precisou chamar a parteira para ajudar sua mãe a parir em casa. Entre água quente, panos e correria. Ele com 4 anos. Ali nascia um irmão.
Quando "os segundinhos" aparecem numa família, a família já existe. Já existe uma mulher que se tornou uma mãe, um homem que se tornou pai e uma criança que estreou se tornando o filho deles. Mas o que nasce junto com essa outra criança, é um irmão. Um irmão que foi filho único por um bom tempo, que curtiu as regalias da exclusividade de mãe, pai, avós tios...e um mooooonte de gente que só tinha olhos pra ele.
Mas, eu não lembro absolutamente NADA da vida antes da minha irmã. Pelo contrário, as lembranças que tenho antes dos 6 anos, posso jurar que ela também estava por lá!
Fico pensando no impacto que a Alice terá na vida do Lorenzo.
E não tenho a menor dúvida, vai ser um divisor na vida dele.
Será que daqui a 30, 40, 50 anos como o meu pai, ele vai lembrar do dia que ela nasceu? será que vão brigar, ser amigos, conversar?
Quem tem filho, sabe que na vida NADA é igual a primeira vez que a gente olha pra carinha daquela criatura. Quando eu penso em ver a Alice pela primeira vez meu coração chega a apertar, mas quando penso na Alice e no Lorenzo se conhecendo pela primeira vez, fico com medo de explodir de amor.
Só posso torcer e esperar que ela nasça bem, nascendo com ela esse irmão mais velho que não vê a hora de saber que cara tem essa barriga gigante.

10 comentários:

  1. Deus dá amostras do céu, SIM! e nestes momentos nos nutrimos e enchemos de um grande e sublime ammor....este texto inspira assim!
    com amor....vovó raquel

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  2. Nossa Dani, emocionante! Amei teu texto! Que assim seja! Beijos!

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  3. óóó Cristo!!! func func!!!
    Que lindo!
    Beijos, irmã!

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  4. Pois é, Dani. As minhas não sabem o que é ser irmã mais velha. Desde que se conhecem por gente já tem alguém ali do lado, participando e dividindo tudo... até por isso penso em ter mais um filho, pois acho que esse divisor como tu falaste é importante para criança. Cuida pra não explodir de amor... as vezes penso que isso é muito possível! Beijão.

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  5. Sabe que me lembrei que algumas vezes, quando eram beeeem bebezinhas, mas já tomavam conhecimento do mundo exterior, por vezes elas ficavam se olhando e rindo muito uma pra outra, querendo se tocar, como se estivessem pela primeira vez se conhecendo... era muito lindo de ver...

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  6. Já li umas mil vezes esse texto e, PELAMADRUGADA, que lindo! O Lo vai ser um irmão maravilhoso para Alice, assim como tu sempre foi pra mim...

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  7. Também.

    Com uma irmã assim, claro que faz parecer uma vida toda. Tu, bem quietinha e tranquila (igual a mamae), e ela, uma goela e agito em pessoa( igual ao papai).

    Snif. Como é bom tudo isso. E como vale a pena. A relação de voces sempre foi linda (até qdo. tinha que carregar a irmã menor nas costas), até qdo ela te torturava (querendo ler teu diario e contar teus segredos), mesmo assim, tu sempre esteve presente, em tudo na vida dela.
    Tenho a mais absoluta certeza que a Alice vai ter o melhor "irmão mais limpo" do mundo. Ele é puro carinho.
    bjinhos

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