quarta-feira, 30 de março de 2011

A importância do importante dos outros!



Acho que essa é umas das coisas mais difíceis de se aprender e principalmente de se sentir.
De se respeitar o que para os outros é importante.
Ontem na aula, consegui fazer "as pazes" com a minha colega da Jordânia.
Ela sentou do meu lado, e eu pedi para ver o dicionário inglês - árabe dela, e fiz comentários sobre a língua, que ao meu ver é impossível. E ela me mostrou algumas coisas, e escreveu meu nome (nota: vocês sabiam que árabe se escreve da direita pra esquerda? eu não sabia).
Depois perguntei sobre as jóias dela, e ganhei a amiga!
Ela estava com um brinco enorme, de ouro, e um anel igual! Tipo uma coisa bem diferente, tem o anel normal e duas cordinhas de ouro pendurada, lindo. E ela me contou que era herança de família: era da bisavó, depois da vó, depois da mãe... e assim por diante. E arrematou: as mulheres árabes querem muito filhos homens, mas no fundo, querem meninas também, pra poder passar pra elas isso que é importante pra gente.....
Caí da cadeira!!!
Conversamos sobre essas coisas que gostaríamos de passar adiante, e as coisas que queremos e tudo mais.
NO final da aula, me virei pra falar com um colega e ela viu minha tatuagem. Pensei: pronto, perdi de novo.
E ela veio perguntar, porque fiz a tatuagem, porque no país dela é coisa de "pessoas más".
Dai conversamos um pouco sobre isso, porque ela disse que eu não parecia desse tipo (ai que alívio).
Falei  que dependia de cada um, que eu namorava a mesma pessoa a muito tempo, fiz faculdade, pós, casei de branco na igreja, tive cachorro, gato, filho, tudo que manda o figurino, e que a tatuagem era só o meu lado "rock and roll", que eu acho que todo mundo tem, brigando por seu espaço.
E ela: que legal, eu entendo um pouco isso...
E assim ficamos, entre ouros e tatuagens, cada um com seu tesouro...

2 comentários:

  1. ontem, eu o pai e a mãe estávamos vendo a Hebe e tinha uma reportagem sobre uma brasileira e uma muçulmana que tinham que mostrar a cultura uma para a outra. E a brasileira se revoltou, pq a muçulmana não podia nada, não aceitava nada e, na real, era uma chata. kkkkk
    Mas é isso aíííí... é MUITOOOOO difícil entender algumas coisas que são fundamentais para a outra pessoa de outra cultura. Acho que eu não conseguiria. Nem depois de anos e anos. Hi hi hi! Cuiidaaa! Tatuagem é "Haran". Daqui a pouco vão querer te apedrejar em praça públlica, pois tu fica expondo tua figura. ahahahah
    Beijos, irmã!

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  2. Que coisa linda que voces estão vivendo aí, principalmente tu. Isso é um doutorado e tanto. Deve ser fascinante esse contato com todos esses "seres" diferentes de nós. Eu consegui viver isso por 05 dias e achei o máximo. Tenho a mais absoluta certeza que conseguimos conviver em paz, se cada um sair "só um pouquinho" do seu mundinho, e entrar no mundo do outro, assim como tu fez. Todo mundo sai ganhando, e não é tão difícil assim. Basta ter vontade de entender e aceitar o "diferente". Eu usei veu no Marrocos e me senti muito bem, obrigada.
    Vá em frente com teu doutorado, que voces merecem.
    bjinhos

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